Hematoma Subdural (HSD)

Quando há acúmulo de sangue entre a camada mais interna da dura-máter e a superfície externa do cérebro, se forma o hematoma subdural. É a lesão expansiva intracraniana mais comum, ocorrendo em 5 a 25% dos pacientes com traumatismo cranioencefálico (TCE) grave.
Decorre, principalmente, de acidentes automobilísticos, assaltos e quedas, quando a magnitude do trauma é grande e gera ruptura de vasos sanguíneos do cérebro. Mas alguns casos podem estar associados a tumores que sangram, coagulopatias ou sangramento de aneurismas cerebrais.
Em pacientes com hematoma subdural, a morbidade e a mortalidade costumam ser elevadas. Na maioria dos casos, há outras lesões intracranianas que contribuem para maior gravidade, por exemplo contusões ou hemorragias intracerebrais, hemorragia subaracnoide e lesão axonal difusa.

Sintomas

As condições clínicas do paciente dependem do tamanho do hematoma e das lesões associadas. Entre 37% e 80% deles apresentam-se em coma.
Os sintomas mais comuns são dor de cabeça, náuseas e vômitos, confusão mental, alteração de personalidade, redução do nível de consciência, visão dupla ou borrada, pupila dilatada, perda de força em um lado do corpo, dificuldade na fala e paralisia do terceiro e sexto nervos cranianos.

A imagem mostra, à esquerda, um corte de tomografia computadorizada de crânio com hematoma subdural agudo, e à direita, um corte de tomografia computadorizada de crânio com volumoso hematoma subdural agudo.
À esquerda, corte de tomografia computadorizada de crânio com hematoma subdural agudo, e à direita, corte de tomografia computadorizada de crânio com volumoso hematoma subdural agudo.

Exames

O hematoma subdural é detectado pela tomografia de crânio, que mostra um hematoma hiperdenso em formato côncavo, adjacente à tábua óssea interna e à superfície do cérebro. A ressonância magnética, entretanto, também pode ser útil nos hematomas pequenos e para fins de prognóstico.

Tratamento

O paciente com HSD conta com apoio de uma equipe multidisciplinar na Emergência hospitalar. A prioridade é a sua estabilização.
O Neurocirurgião define posteriormente o tratamento mais adequado, após analisar uma série de fatores. A conduta cirúrgica tem objetivo de drenar o hematoma e pode ser feita com ou sem a retirada da calota craniana. Quando a opção não cirúrgica for a mais indicada, realiza-se vigilância neurológica, monitorização contínua e tomografias de crânio seriadas.

Onde tratar

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