Traumatismo Cranioencefálico (TCE)

Causa mais frequente de atendimento neurocirúrgico nas Emergências, o traumatismo cranioencefálico acontece quando uma força externa atinge o cérebro. A maior incidência ocorre entre homens jovens, de 15 a 24 anos, e pode levar à morte: no Brasil, estima-se que 57 mil óbitos anuais tenham relação com o TCE. Além disso, alguns casos resultam em incapacidade temporária ou permanente e, portanto, representam um importante problema social.

A lesão cerebral provocada pelo TCE pode ser Primária ou Secundária:

– A Primária é gerada por forças externas e ocorre no momento do trauma, seja por contato direto ou por mecanismo de aceleração-desaceleração súbita da cabeça, o que causa danos nos ossos, vasos e tecido cerebral de uma forma focal (Hematoma subdural, Hematoma Extradural, Contusões) ou então difusa (Concussão, Lesão Axonal Difusa).

– Já a Secundária acontece mais tardiamente, em decorrência de lesões isquêmicas, hipertensão intracraniana, hidrocefalia ou infecções.

Diagnóstico

Um paciente com traumatismo cranioencefálico geralmente é levado à Emergência apresentando múltiplas lesões pelo corpo, por isso seu atendimento inicial segue o protocolo ABCDE do trauma. Confira!

A imagem mostra um traumatismo cranioencefálico (TCE). À esquerda, reconstrução de tomografia de crânio evidenciando fraturas; e à direita, reconstrução de tomografia de crânio evidenciando diástase de suturas cranianas (seta vermelha) e traço de fratura (seta amarela).
À esquerda, reconstrução de tomografia de crânio evidenciando fraturas; à direita, reconstrução de tomografia de crânio evidenciando diástase de suturas cranianas (seta vermelha) e traço de fratura (seta amarela).

– A (Airway): avalia-se primeiro se há passagem de ar pelas vias aéreas.

– B (Breathing): observa-se a respiração e a ventilação.

– C (Circulation): a seguir, há busca e controle de hemorragias.

– D (Disability): momento de realizar um exame neurológico rápido e objetivo.

– E (Exposure): se o paciente estiver estável, parte-se para uma avaliação mais detalhada.

Durante o exame neurológico inicial, o médico analisa o tamanho das pupilas, os sinais de perda de força e sensibilidade e, além disso, mensura a pontuação na Escala de Coma de Glasgow. Essa escala serve para avaliar as respostas motora e verbal do paciente, e a abertura ocular. Ela indica ainda se um TCE é leve, o que corresponde a 80% dos casos, Moderado ou Grave.

Exames

A imagem mostra um corte de tomografia computadorizada de traumatismo cranioencefálico (TCE).  O crânio apresenta hematoma subdural agudo (seta vermelha) e fratura (seta amarela).
Corte de tomografia computadorizada de crânio com hematoma subdural agudo (seta vermelha) e fratura (seta amarela).

Os exames de imagem são fundamentais para identificar quais pacientes com TCE apresentam lesões intracranianas e quais necessitarão de tratamento neurocirúrgico. A tomografia de crânio é o exame principal devido à rapidez na sua execução e ao fácil acesso na maioria dos centros de Emergência, porém a ressonância magnética pode se mostrar útil ao longo da internação a fim de detectar alterações mais sutis e para determinar o prognóstico dos pacientes com evolução desfavorável.

Tratamento

Não existe um tratamento padrão para todos os pacientes com TCE, pois há desde traumas triviais até casos extremamente graves, principalmente quando ocorre em politraumatizados. Muitos casos não necessitam admissão hospitalar, enquanto outros precisam de exames de imagem seriados, procedimentos neurocirúrgicos e internação em UTI.

Onde tratar

Conte com um especialista, tanto na Emergência quanto na reabilitação ambulatorial. Na Neurolink, você dispõe de profissionais capacitados, das melhores tecnologias do meio médico e de todos os cuidados para atendê-lo em cada etapa. Entre em contato conosco e agende sua consulta!

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